terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sinais II


Diluir...
Foi o que fiz com meu amor.
De tudo ao nada foi dado.
Nem uma resposta ensaiada, meu desejo na forca domado.
Tilintar das minhas taças vazias.
Teias, ócios e férias.
E os olhos vazios,
 Aos quais jamais serei perdoado.

“Criança corre até em casa; Diz que morri de besteira.”

Estrelas Cadentes III

Acordei com o pingar da pia,
Fui ao banheiro,
Lavei o rosto e pensei em ti.
Onde esta você neste momento?
Contive-me.
Fatos de felicidade que não sejam ao meu lado me incomodam.
Deitado, pude sentir.
O doce aroma de seu perfume entre a coberta e meu corpo.
Pude inebriado ouvir o chacoalhar das suas chaves contra a porta.
Andar por toda a casa pela ponta dos pés.
Vestir sua camisola. Aquela que lhe dei,
 E deitar-se devagar.
Chorei quando senti suas mãos quentes de leve em meu rosto.
Dando-me um beijo carinhoso.
“-Durma com Deus, meu amor”.
Abraçou meu corpo apertando-o contra o seu,
Como se fosse para nunca me perder.
Eu pude sentir seu coração acelerado,
O suspiro concebido apenas a quem ama.

Acordei com o pingar da pia,
 O rosto coberto de lagrimas,
E uma dor inexplicável.

Passei a mão no lençol gelado...

                                                                            ...Chorei como nunca havia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sinais





Tentei esconder minha dor atrás de um quadro.
Nublar minha boca com algum sorriso.
Estender meus braços para uma valsa solitária...
Um pra lá... Dois pra cá...
Tropeçar sobre minha angustia.

“Desculpe estou distraído!”

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estrelas Cadentes II


Estou enjoado de mim,
Destas fabulas tolas que tanto insisto, mãos tortas.
Esta crise de lagrimas e meu velho gole de comodismo.
Invariavelmente insatisfeito,
Perpetuamente enlatado.
Eu sou o corvo que cambaleia ao fim do dia.
Jazidas em terras descampadas.
Solúvel... Como as canções no mar destiladas.
Sinto-me como uma variável sensação, sem os dias.
O sentimento jazido dos moribundos.
Quero tudo,
Tudo se esvai.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O incendiário


Não se pode ser o que se foi,
Nem manter o que se é,
Porque tudo, não passa de uma constante mudança.
Tudo é eterno Adeus.

Enquanto as paredes se calam; Eu digo II

Resolvi trocar a lâmpada de meus olhos, aquela que usei por tanto tempo em preto e branco.
Enxergar o mundo com outras ambições, outros amores, outras solidões.
Largar aquela velha mala de magoas e frustrações que tanto carreguei ate este momento; abrir os braços no meio da rua e gritar desesperadamente por mim.
Cantar outras canções, porque aquelas que ouço hoje, não me servem para embalar os novos momentos.
Pretendo visitar outros corações, nunca esquecendo a qual lar o meu pertence. (alguém em algum lugar me espera sorrindo.).
Quero desaprisionar meus sonhos adormecidos e espolos a luz para que voem.
Devo alcançar a paz que tanto anseio ou a loucura que tanto me ronda.
Ter duvidas das minhas certezas...
E certeza de todas as minhas duvidas.
Eclodir em todos os momentos de ira, pois a raiva que se afoga na alma é veneno lento.
Demonstrar minha felicidade com um sorriso idiota no rosto e essa vontade que não se acaba de abraços.
Tenho o dever por mim de gritar ao mundo que amo, desobedecendo minha vergonha.
Desejo a plasticidade e a paz das almas sãs; da insanidade minhas próprias ideias e gostos... Meu veneno... Meu delírio... Minha culpa.
Rezar pelos motivos certos. Sé é que existem.
Deverei fazer tudo isto! (Bem mais por mim.).
Do que pelo combustível industrial que é minha culpa.
Despir da alma toda hipocrisia que não quero carregar..

sábado, 11 de dezembro de 2010

Estrelas Cadentes

É impressionante como às vezes para seguirmos em frente na vida, para darmos um novo passo, fica pelo caminho laços afetivos.
A primeira namorada nunca será a ultima, provavelmente ela se perdera diante de tantos outros beijos e sexo durante o percalço da vida.
Quantas promessas de amizades e de amores eternos morreram nestas trilhas tão duvidosas e os fantasmas dos mesmos nos perseguiram.
De concreto, somos nós mesmos nossos únicos acompanhantes de uma solidão eterna.
A eterna busca que não levará a lugar algum se não a um circulo completo, onde, no final, veremos as próprias faces envelhecidas por um tempo imperdoável e antigas incertezas mais incertas do que nunca.
Em suma, vale a pena viver! É uma balança equivalente, as conseqüências variam de acordo com nossas ações.
Todos sofrem uma hora, assim como amamos, refletimos, agimos por impulso... Etc.
A única diferença de cada um é a maneira de como encaramos todos esses desafios, se fechamos os olhos e deixamos todo um aprendizado passar em branco, ou encaramos de cabeça erguida aprendendo com nossos erros, nos tornando pessoas melhores.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Enquanto as paredes se calam; Eu digo


Estou cheio de partidas,
Quando mais necessito é regresso.
Quando mais desejo é o calor do aconchego, colo, a segurança que não me pertence.
Estou farto de “Depois conversamos”, “Quando der nos vemos”.
O mundo é cheio de futuros encontros, futuras soluções, anestésicos passageiros de tempo, de contra indicações variadas.
Ninguém permite ter tempo para ninguém,
Sozinhos, nos perdemos em nossos próprios medos e nossas limitações tolas.
Do que adianta ser escravizado pelo tempo.
Estou cheio de partidas, encenações de adeus,
Os braços abertos para um abraço de alguém que nunca chega.
Farto de estar cheio;
Porque as pessoas se isolam na condição de bálsamos fecundos?
Li certa vez,
Algo que dizia que o homem é amor; amor puro.
Achei tolice! Pois até as mais desvairadas formas de amar,
Não se permitem ser tão destrutivas como nós.
Para mim o homem; a humanidade é um grande e desconhecido labirinto.
Onde os misteriosos ventos sopram em suas paredes turbilhões de sons;
Dos prazerosos aos temíveis.
Labirinto ao qual não se tem uma entrada, e ninguém se lembra se a saída.
De onde nos é assoprada a vida?
Duvido muito que seja do barro que glorificamos tanto.
Tudo tem um por que!
Duvide...
Questione...
Interrogue-se...
Não se deixe morrer em um porto, esperando por algo que só existe na cabeça e na mediunidade humana.
Estou cheio de partidas, quando tudo que quero são laços.
Não quero amor por caridade.
Não quero ser prisioneiros das limitações que impus a mim.
Ouse pisar no desconhecido...
Seja um desbravador de si mesmo....

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Temores: Incongruências da mente


Entre todos os demônios da alma,
Temo apenas um; o esquecimento.
Como é corrosivo ser um tudo; de repente... Nada.
Na mesma intensidade que se é...
Deixa-se de ser...
Entre todos os miseráveis demônios da alma,
Deveria temer a mim mesmo, o único monstro que vejo no espelho.
Essa matéria desfigurada por dentro.
A única centelha que posso culpar pelas horas vicerais e os choros inescrupulosos...
 E por piedade defender-me de mim.

Estirpe II



Minha alma é lastimável...
Lastimável como um cristal polido,
Lastimável como um pacificador em tempos de guerra.
Lastimável como a meretriz em sua vergonha.
Ah! Como minha alma canta o que te conto!
Benigna como o consolo do colo da mãe,
A fuga do mundo entre dois corpos; sexo.
Por bem mais vezes, eu busco amor.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Divagações- As noites dentro da noite II


Somos um turbilhão de sentimentos que nem nós mesmos conseguimos diagnosticar. Temos a doença e a suposta cura.
Do que vale amar? Se não para um futuro algumas horas a mais de lagrimas e a solidão de um canto vazio.
As bonificações de um amor partido são fantasmagóricas e talvez desleais a quem já se encontra abatido.
De onde vem tamanha solidão? Por onde entra esse vazio que corta a carne tão impiedosamente?
Para onde vai todo aquele mundo que morreu? Todos os sentimentos afogados, todas as imagens em conjunto quebradas.
Desamor... Equivalências, roleta de contra partidas.
O silencio e a solidão são a sala que antecedem o encontro deste Deus. (Talvez adiável... nunca inevitável.).
Que açoite... Que despedida é essa que nunca se concretiza?
Um eterno acenar de Adeus.
A ausência que se encontra em tudo.
Uma parte de nós que é doada e não retorna.
A conta gota do tempo entupido.
Mais não se sinta desprovido, nem tudo está completamente perdido, restará a magoa que por séculos é aperfeiçoada e a resignação deste novo tempo.
Tornar-se alguém sem discernimento é um dos processos desse desenvolvimento.
Partir! Sem saber se ira voltar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eu; Uma variação.


Fechei os olhos para a nascente que habitava em mim,
Não percebi que eu era amor... E por não compreender
Tive o nausear das dores dos alagados... Aqueles que se vão e choram sem culpa
Pela sombra que deixaram em algum porto.
Tive vontade de abraçar; porem me perdi, em meus próprios braços.
Tive vontade de beijar; porem faltou-me a quem comandá-lo.
Sou uma espécie de amor contido,
Um rio de nascentes que deságua em lugar algum.
O sol que se põem em alguma montanha de mistérios.
A fragilidade e a tristeza de uma flor.
Meus olhos nunca são do hoje,
Perdem-se na escuridão da minha esperança.
Horas em um passado inglório.
Por minutos, em um futuro sem anciãs.
É de exasperado em mim,
Aquilo que querem que eu seja, e aquilo que realmente não sou.
Sou exatamente, eu,
Um mistério, uma vida, uma incógnita.

sábado, 4 de dezembro de 2010

To You...



E que ferido,
Cada passo doía,
Todas as cores eram as mesmas,
Não havia distinção dos dias... Eram como bolhas de espuma que partiam.
Sentia-me como um tripulante de um navio deserto, sem sonhos,
Onde tudo o que eu tocava queimava e tudo que queimava era minha imagem.
Quando te vi “minha certeza”.
Senti que renascia o que em mim aprendi a desgostar.
Desejei todas as noites estreladas, sendo elas, nosso único segredo.
Quis o calor do teu abraço....
O sopro de tua voz trazendo paz ao meu espírito.
Tua boca adormecida, repousada em meu peito.
Mesmo ferido,
Seus olhos são o mistério em que quero me perder.

Divagações- As noites dentro da noite I

Podemos chamar de Deus alguém que é exaltado no sangue de uma guerra?...
Alguém que é usado como estampido para equivocações humanas,
Mesmo blasfemando seu nome, oculta-se...
Onde está esse Deus que o homem tornou tão homem?
Onde se encontra este homem que se tornou tão Deus? A ponto de ter certo controle perante a morte e brincar de misericordioso fazendo vida.
Quem julgará esse pandemônio?
Quem julgará quem julgar?
Existirá sobre estas concepções uma verdade absoluta? Ou tudo é uma grande e verdadeira mentira?
Se a alma não for mais que um simples sopro do tempo;
Que entediado quis algo diferente; aborreceu-se pela alma ter se tornado igual às demais.
E se os beijos não forem feitos para serem beijos?
Não forem o troféu que damos...
Algo bem mais elevado, onde nossa pequena mente limitada não pode atingir.
Sim, pois a ideia que temos do significado dele é vã, hipócrita e mesquinha.
Talvez seja vã minha ideia de hierarquia e eu seja mais um, calado, em meio a tantos outros.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Percepções alteradas I

Vaga; vazia no espaço e tempo.
Onde esta meu coração?
Serve; bem mais que sua vontade, o dorso curso, opressão.
Por onde caminhão os arcanjos?
Onde estão os guardadores de rebanhos? – Bêbados em frente à fornalha de nossos corpos
Por onde deve ter tombado os sons das trombetas exaustas pelo cinismo do homem.
Passo ante passo, febre pos febre,
A cólera ri alto como uma velha insana a qual negamos. (desfiando cada sonho)
Todos os sonhos morrem,
Cada remédio benzido, cada doença diagnosticada, um pouco a menos de Morfeu nos restas.
O vazio será a única certeza...
O silencio será como o troféu dos sobreviventes de uma guerra.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Antares: O fim de nós



Eu vi em teus olhos
A plasticidez de meu sorriso,
Os abraços que nos distanciavam,
As palavras entre nós que não nasciam.
Cada dia era algo a menos.
Pelo amor mensurado em uma cúpula inflamada.
A petrificação de nossos sentimentos.
O Trem descarrilhado do nosso amor. Partiu!
Sem passageiros, sem rumo ou culpa.
Meu consolo já era desfavorável a sua necessidade...
...e todos os sonhos se tornaram espumas.
As lembranças vinham,
Como uma bomba que travou em um segundo,
E morriam em sua nascente; Um turbilhão de nomes.

(Ela trancava-se e chorava no quarto.
Acovardado: Eu sentava e chorava nos fundos)

Todos os dias eram os mesmos olhares vazios.
Como faróis de luzes castas,
Tentando guiar desesperadamente um ao outro.
Eu mentia com meus sorrisos amarelos e amargos.
Ela respondia com beijos gelados e sem sumo.
A dor descabida de um desejo de outrora.
A encenação de uma vida intitulada: Moribundos.

 Vivíamos juntos e não sabíamos mais nossos nomes, gostos.
Seu corpo tornou-se um labirinto...
E seus olhos um poço, onde não se viam mais sonhos.
Sua verdade era a maior mentira,
Na mesma importância que dizíamos: “Eu te amo”.
Você: o refluxo da minha enseada.
Eu: o balsamo de seus desenganos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ps:Maria

Covas rasas aos sonhos pequenos.
Para mim, apenas uma dose de discernimento e um limão.
Uísque de medo, cóleras e surtos...
Quero nesta noite inebriada de boemia,
A cidade finada de homens...
Quero perder-me nas competições desnecessárias,
Embriagar-me por mais esta vez, na penumbra das manhas cinzentas.
Quero o afago dos fantoches e a compaixão cega do seu ser.
Quero as luzes...
Quero os aplausos...
Quero a finalidade destorcida... (Bravo! Bravo!)
Aplaudam o que em mim, chamam insanidade.
Quero a Maria, que me espera enquanto bebo...
Pura e santa: Aguarda-me para nossa lapide imaculada de desejo.
Amou-me... Oh, quanto me amou!
Porem nunca a amei...
Como todo produto; fiz-me prateleira.
Empenhado na satisfação de meus senhores.
Pelejo mocambo, na coagulação teatral que desejo,
Eu que expurgo meus sonhos?
Ou eles que traçam meus meios?
Bom senhor foi meu pastor,
E tudo me faltara.
Quero sentir o coração desta cidade morta.
Brandir o sonho esquecido da prostituta.
Onde estão os viscerais amigos,
Decompositores dos prelúdios modernos.
Onde se encontra as pessoas que ainda amam.
Perdidas na trilha que leva a Pasárgada?
Será minha loucura esta minha cegueira
Este meu mudismo... Minha bebedeira...
Serei algo qualquer, que tardou a partida?
Um produto vencido, postamente rotulado?
Dá-me mais! Desta bebida que enjoou...
Por mais que não sinta gosto algum...
Ela me faz crer em alguém que não sou.

Alguém, antes que me esqueça:

- Diz a Maria, que hoje tardo a chegar...

sábado, 23 de outubro de 2010

Declinios


Ainda posso sentir a lagrima quente
Que tombou perante meus hinos.
As lagrimas que encheram meu barco-
 Hoje na escuridão de algum mar da pérsia perdido.
Posso ver agora quão tão grande; eu era pequeno.
Meus desejos de par em par se ferindo,
Uma lembrança, um cheiro, uma voz – Ai! Que desguarnecido me sinto caindo!
Uma comodidade que espeta a traquéia
E incomoda o conturbado coração.
Não é necessário o relatório desta bifurcação
A qual por voltas e meias me encontro desnudado.
Sou uma membrana que pulsa ao próprio ritmo,
Um martelo desacomodado a mão humana.
Há em meu sorriso amarelo temporão algum segredo programado,
Uma epífise de um segredo esquecido pelo mundo.
Uma ambição desconhecida,
Uma saudade dos fatos que nunca tive...
Do amor nunca feito,
Um carinho enlatado,
Palavras malogradas em rarefeito.
Quero o panteão das alvoradas arcaicas.
O esvoaçar das suas certezas tão incertas
Devo apaziguar minha alma efêmera e latente
A uma lembrança apenas...
Um sorriso de alguém que nunca tive.

J & V



“Há mais amor entre seus olhares do que a incerteza humana,
Há mais vida, mais humanismo, mais sinceridade,
Do que nas jardas dos sentimentos que nos enganamos.”

Eu tive o prazer de conhecer, depois de muito tempo descrente de que existisse, o amor. Na forma deste lindo casal que conheci e encheu meu coração de esperança.
Posso dizer a vocês afirmativamente mesmo com pouca idade de vida, que esse amor que existe entre vocês é algo mais raro no mundo. Não a fortuna que pague tal sentimento.
Deixo aqui para vocês meu presente para o dia que vocês festejam 11 meses de namoro.


J & V

Amar é elevar-se as trombetas celestiais,
Mostrar quão é boa a vida quando se unem duas em uma só.
Objeções que favorecem a cumplicidade.
Resgatar um sentimento esquecido por muitos.
Esquecer-se do mundo quando se esta junto da pessoa amada
Transpor a barreira que as pessoas se impõem desnecessariamente
Enaltecer em favos quentes... Amor... Amor... Amor
Ramificar sonhos, planos a vida desejada de cônjuges.
Nunca extinguir a chama que inflama de uma alma para com a outro.
O amor é a pureza da inocência que perdemos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dissertações aos amigos próximos.


Somos o montante eloqüente que empurra
As plagas magoas da loucura.
Somos bem mais que a fadonha
Geração perdida, entre os arcos
E o ócio do medo.
Es em nossas mãos o ermo do futuro.
Está sobre nossas pálpebras serradas
E as mãos tremulas, desordenadas,
Fazer deste escarcéu chamado Brasil.
Algo além, desta massa cinzenta que nos engana.
O que diremos aos filhos?
-É de certo, que o erro prepondera!
Queira bem mais que as verdades impostas,
O vácuo entre os destinos,
A calamidade de uma vida melindrosa.
Acorde em ti; Irmão de destino incerto.
A ferocidade, que com flautas eles nos adornam.
Tenha escárnio por esse lapso de idéias ritmadas.
Seja por ti,
Uma equação além de centelhas.
 Se te julga incapaz,
Dentre os sussurros dos ossos
Ou a languidez da incerteza, levantar-se.
Brando ao teu destino meu sorriso sincero
E a mão sem vaidade.
A vida sem amizades é algo precatoriamente sigiloso.
Um vazio que nos leva a ambiguidade.
Não permita que em tua terra; Padeça de lama teu nome.
Mostra a estes cães,
Que é muito mais, do que a fornalha que nos espera.
Enxertemos nossos destinos de virgulas,
Não estes pontos que esperam ao longe
Grunhindo em grilhões os nossos nomes.
E tenho dito,
Transparecendo a palidez das vidas que vejo.
Um mal cabível aos costumes programados.
Entopem-se de estupor,
Todos que apaziguam
Em minha visão já exaltada.
 Veja! Assim como grandes muralhas,
Teremos que vencer a ranhura das contradições enaltecidas.
Vencer o molde,
Ou a robustez dos meios termos.
Vencer essa tristeza,
Que eclode do mundo.
E pesaroso amigo, desdenhar-se de si,
Tornar-se inquilino de uma malta de dores.
Avante! Amigo das noites enluaradas
E dos sonhos adormecidos.
Temos bem maior que o pútrido
Jogo dos armistícios, esculpidos em talhas ocas.
Temos por nós; se não a cara de infinitos termos,
E a larva nos miolos quentes que nos inspirará,
(Se não por agora, rumo ao arquipélago futuro)
Canções infindas.
Amor pela vida, e por esta gente compaixão.
Não deixe cair sobre ti
A generosidade da acomodidade.
Cuspa para longe esse Asmodeu.
Devemos,
Pelo atraso em que estamos,
Deixar sempre algo de bom, na inspiração,
Do coração para com o de outro.
Olhe como todos se torcem,
Ao dorso curvo dos senhores.
Como é triste ter uma vida,
Banhada da salubridade de hoje.
Escuta amigo, minhas besteiras legionárias:
O mundo é um moinho, que espera,
Para devorar-lhe os sonhos.
Não faça de sua vida um nada; Que até para ser nada...
É preciso de ti algum esforço.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

I, nothing more.


Não fui ao campanário morgar-me de rezas,
Quis outro promontório... Outra vida... Girar a roleta dentre tantos caminhos.
Alimentei a vontade de viver além dessas cinzas,
Enfureci minhas idéias...
Questionei a verdade, cravada em meus atritos.
“Avante! Erga o véu que a tanto nós molda!”
Branda meus pavios,
Ao mundo imaculado de fardos.
Quero a vida alem destas paredes que me impedem...
Desejo vencer a morte... Louvando em lirismo a vida.
Anseio em perturbar os meus medos,
Quero que ele tenha pavor da minha nova Era,
 Do novo, eu que chacoalhe os santos montes.
Quero toda intensidão o quanto posso ter,
Perpetuar o amor em meu castelo de paz.
Beber da fonte de outra vida,
Assim como outras banhar-se em mim.
Serei o atrito e não sua causa,
Qualquer coisa que me traga o retrospecto de um moinho.
Expurgarei bem mais que essa farsa...
Entenderei bem menos que os destinos.

“Todo poeta, faz-se imortal”.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Receita para um Produto.


É preciso variar...
Produtos são de formas físicas diferentes mais matéria interna similares.
Uma maneira mais pratica e astuta de manter um controle mediano
Sem o comprometimento e a invasão de privacidade de suas escolhas.
Embureça-o de maneira desmedrada,
Tornando qualquer forma de aprendizado massacrante e desgastosa.
É preciso um desinteresse mutuo.
 A pólvora em forma de açúcar nunca é por demais.
Acrescente dois terços de variações de alegria...
Algumas gotas de lagrimas independente dos motivos.
Faça-o crer que ele vive, crie uma alusão.
Com uma batedeira em mãos,
Bata os sonhos em claras manhãs de neve.
Acrescente o amor pelas coisas fúteis e bata por mais uns três minutos.
Por último, ponha o discernimento,
Bata por mais quarenta minutos na menor velocidade da batedeira.
Seja cuidadoso ao manusear o discernimento, a medida errada pode criar algo, Criador de revoltas ou um questionador perigoso.
 Despeje a massa numa forma mediana e untada.
Asse em forno pré-aquecido: indico lugares moderados onde o produto poça ser manuseado da maneira que bem o conven: Modelado ao próprio gosto!
Misture bem numa tigela a forma a qual pretende untar
Reserve....
Assim que o produto tiver assado,
Retire do forno e fure toda sua gleba ocular, desmaterialize qualquer tipo de raciocínio que possa a vir ter durante o tempo de repouso.
Com o produto ainda estiver quente despeje os sentimentos pré-industrializados e que não interfiram em nem uma política de base.
Costure as linhas: a dica é começar a costurar de maneira que possa se ter um controle imediato e pleno:
Em pequenas diagonais dos tendões dos pés, as vértebras cardiovasculares, braços e a unção de todos os polígonos pré-requisitados de fabrica.
Salpique uma dose moderada de desentendimento de um produto para com outros de mesma linhagem robótica. É crucial a falta de dialogo entre eles.
Neste ponto de homogeneização acomode (não se esqueça de demonstrar a mor por ele sempre) um pequeno cabresto, fica a critério e gosto do produto: lembre-se você apenas dará alternativas infundáveis as quais ele terá uma pequena alusão de ter tido a escolha por si mesmo. Isto é fundamental.
Depois de pronto, teste-o...
Algo como enterrá-lo em crendices antigas e verdades impostas é uma boa pedida.
Pode-se de maneira educada, fazer parâmetros regulares de quatro em quatro anos.
Onde será verificado todo um sistema, se nada foi implementado capaz de confundir ou até mesmo, perigosamente, dês - ritmar a engrenagem do produto tendo assim que anexá-lo ao ponto de origem.
Parabéns você acaba de adquirir um produto independente...
 independente de você e suas escolhas.
Tenha uma ótima vida de conforto baseado no riso e alto piedade que o produto lhe causa.
Use-o sem moderação.

Indicações:
A uma pequena massa de poderio elevado, algozes de um sistema morto.

Precauções:
A vida útil de um produto pode variar de dependendo do gênero:
Femininos cerca de setenta e sete anos em bom estado de conserva mento.
Masculinos cerca de sessenta e nove anos em boas condições de conserva mento.
O produto deve ser conservado em ambiente úmido, de baixo custo e imaturidade elevada para um melhor aproveitamento de suas características.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Versos soltos IV


Existem muitos dias...
Dias estes aos quais se empregam nomes...
Variações intermináveis de silabas tônicas,
Que expressão algum sentimento.
Hoje de fato é dia: O dia que não darei nome.
Apenas um epitáfio de segundo batizado de momento:
Minha borboleta: a pestana no tempo...
Dançando entre o hoje e ontem.