terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sinais II


Diluir...
Foi o que fiz com meu amor.
De tudo ao nada foi dado.
Nem uma resposta ensaiada, meu desejo na forca domado.
Tilintar das minhas taças vazias.
Teias, ócios e férias.
E os olhos vazios,
 Aos quais jamais serei perdoado.

“Criança corre até em casa; Diz que morri de besteira.”

Estrelas Cadentes III

Acordei com o pingar da pia,
Fui ao banheiro,
Lavei o rosto e pensei em ti.
Onde esta você neste momento?
Contive-me.
Fatos de felicidade que não sejam ao meu lado me incomodam.
Deitado, pude sentir.
O doce aroma de seu perfume entre a coberta e meu corpo.
Pude inebriado ouvir o chacoalhar das suas chaves contra a porta.
Andar por toda a casa pela ponta dos pés.
Vestir sua camisola. Aquela que lhe dei,
 E deitar-se devagar.
Chorei quando senti suas mãos quentes de leve em meu rosto.
Dando-me um beijo carinhoso.
“-Durma com Deus, meu amor”.
Abraçou meu corpo apertando-o contra o seu,
Como se fosse para nunca me perder.
Eu pude sentir seu coração acelerado,
O suspiro concebido apenas a quem ama.

Acordei com o pingar da pia,
 O rosto coberto de lagrimas,
E uma dor inexplicável.

Passei a mão no lençol gelado...

                                                                            ...Chorei como nunca havia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sinais





Tentei esconder minha dor atrás de um quadro.
Nublar minha boca com algum sorriso.
Estender meus braços para uma valsa solitária...
Um pra lá... Dois pra cá...
Tropeçar sobre minha angustia.

“Desculpe estou distraído!”

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estrelas Cadentes II


Estou enjoado de mim,
Destas fabulas tolas que tanto insisto, mãos tortas.
Esta crise de lagrimas e meu velho gole de comodismo.
Invariavelmente insatisfeito,
Perpetuamente enlatado.
Eu sou o corvo que cambaleia ao fim do dia.
Jazidas em terras descampadas.
Solúvel... Como as canções no mar destiladas.
Sinto-me como uma variável sensação, sem os dias.
O sentimento jazido dos moribundos.
Quero tudo,
Tudo se esvai.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O incendiário


Não se pode ser o que se foi,
Nem manter o que se é,
Porque tudo, não passa de uma constante mudança.
Tudo é eterno Adeus.

Enquanto as paredes se calam; Eu digo II

Resolvi trocar a lâmpada de meus olhos, aquela que usei por tanto tempo em preto e branco.
Enxergar o mundo com outras ambições, outros amores, outras solidões.
Largar aquela velha mala de magoas e frustrações que tanto carreguei ate este momento; abrir os braços no meio da rua e gritar desesperadamente por mim.
Cantar outras canções, porque aquelas que ouço hoje, não me servem para embalar os novos momentos.
Pretendo visitar outros corações, nunca esquecendo a qual lar o meu pertence. (alguém em algum lugar me espera sorrindo.).
Quero desaprisionar meus sonhos adormecidos e espolos a luz para que voem.
Devo alcançar a paz que tanto anseio ou a loucura que tanto me ronda.
Ter duvidas das minhas certezas...
E certeza de todas as minhas duvidas.
Eclodir em todos os momentos de ira, pois a raiva que se afoga na alma é veneno lento.
Demonstrar minha felicidade com um sorriso idiota no rosto e essa vontade que não se acaba de abraços.
Tenho o dever por mim de gritar ao mundo que amo, desobedecendo minha vergonha.
Desejo a plasticidade e a paz das almas sãs; da insanidade minhas próprias ideias e gostos... Meu veneno... Meu delírio... Minha culpa.
Rezar pelos motivos certos. Sé é que existem.
Deverei fazer tudo isto! (Bem mais por mim.).
Do que pelo combustível industrial que é minha culpa.
Despir da alma toda hipocrisia que não quero carregar..

sábado, 11 de dezembro de 2010

Estrelas Cadentes

É impressionante como às vezes para seguirmos em frente na vida, para darmos um novo passo, fica pelo caminho laços afetivos.
A primeira namorada nunca será a ultima, provavelmente ela se perdera diante de tantos outros beijos e sexo durante o percalço da vida.
Quantas promessas de amizades e de amores eternos morreram nestas trilhas tão duvidosas e os fantasmas dos mesmos nos perseguiram.
De concreto, somos nós mesmos nossos únicos acompanhantes de uma solidão eterna.
A eterna busca que não levará a lugar algum se não a um circulo completo, onde, no final, veremos as próprias faces envelhecidas por um tempo imperdoável e antigas incertezas mais incertas do que nunca.
Em suma, vale a pena viver! É uma balança equivalente, as conseqüências variam de acordo com nossas ações.
Todos sofrem uma hora, assim como amamos, refletimos, agimos por impulso... Etc.
A única diferença de cada um é a maneira de como encaramos todos esses desafios, se fechamos os olhos e deixamos todo um aprendizado passar em branco, ou encaramos de cabeça erguida aprendendo com nossos erros, nos tornando pessoas melhores.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Enquanto as paredes se calam; Eu digo


Estou cheio de partidas,
Quando mais necessito é regresso.
Quando mais desejo é o calor do aconchego, colo, a segurança que não me pertence.
Estou farto de “Depois conversamos”, “Quando der nos vemos”.
O mundo é cheio de futuros encontros, futuras soluções, anestésicos passageiros de tempo, de contra indicações variadas.
Ninguém permite ter tempo para ninguém,
Sozinhos, nos perdemos em nossos próprios medos e nossas limitações tolas.
Do que adianta ser escravizado pelo tempo.
Estou cheio de partidas, encenações de adeus,
Os braços abertos para um abraço de alguém que nunca chega.
Farto de estar cheio;
Porque as pessoas se isolam na condição de bálsamos fecundos?
Li certa vez,
Algo que dizia que o homem é amor; amor puro.
Achei tolice! Pois até as mais desvairadas formas de amar,
Não se permitem ser tão destrutivas como nós.
Para mim o homem; a humanidade é um grande e desconhecido labirinto.
Onde os misteriosos ventos sopram em suas paredes turbilhões de sons;
Dos prazerosos aos temíveis.
Labirinto ao qual não se tem uma entrada, e ninguém se lembra se a saída.
De onde nos é assoprada a vida?
Duvido muito que seja do barro que glorificamos tanto.
Tudo tem um por que!
Duvide...
Questione...
Interrogue-se...
Não se deixe morrer em um porto, esperando por algo que só existe na cabeça e na mediunidade humana.
Estou cheio de partidas, quando tudo que quero são laços.
Não quero amor por caridade.
Não quero ser prisioneiros das limitações que impus a mim.
Ouse pisar no desconhecido...
Seja um desbravador de si mesmo....

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Temores: Incongruências da mente


Entre todos os demônios da alma,
Temo apenas um; o esquecimento.
Como é corrosivo ser um tudo; de repente... Nada.
Na mesma intensidade que se é...
Deixa-se de ser...
Entre todos os miseráveis demônios da alma,
Deveria temer a mim mesmo, o único monstro que vejo no espelho.
Essa matéria desfigurada por dentro.
A única centelha que posso culpar pelas horas vicerais e os choros inescrupulosos...
 E por piedade defender-me de mim.

Estirpe II



Minha alma é lastimável...
Lastimável como um cristal polido,
Lastimável como um pacificador em tempos de guerra.
Lastimável como a meretriz em sua vergonha.
Ah! Como minha alma canta o que te conto!
Benigna como o consolo do colo da mãe,
A fuga do mundo entre dois corpos; sexo.
Por bem mais vezes, eu busco amor.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Divagações- As noites dentro da noite II


Somos um turbilhão de sentimentos que nem nós mesmos conseguimos diagnosticar. Temos a doença e a suposta cura.
Do que vale amar? Se não para um futuro algumas horas a mais de lagrimas e a solidão de um canto vazio.
As bonificações de um amor partido são fantasmagóricas e talvez desleais a quem já se encontra abatido.
De onde vem tamanha solidão? Por onde entra esse vazio que corta a carne tão impiedosamente?
Para onde vai todo aquele mundo que morreu? Todos os sentimentos afogados, todas as imagens em conjunto quebradas.
Desamor... Equivalências, roleta de contra partidas.
O silencio e a solidão são a sala que antecedem o encontro deste Deus. (Talvez adiável... nunca inevitável.).
Que açoite... Que despedida é essa que nunca se concretiza?
Um eterno acenar de Adeus.
A ausência que se encontra em tudo.
Uma parte de nós que é doada e não retorna.
A conta gota do tempo entupido.
Mais não se sinta desprovido, nem tudo está completamente perdido, restará a magoa que por séculos é aperfeiçoada e a resignação deste novo tempo.
Tornar-se alguém sem discernimento é um dos processos desse desenvolvimento.
Partir! Sem saber se ira voltar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eu; Uma variação.


Fechei os olhos para a nascente que habitava em mim,
Não percebi que eu era amor... E por não compreender
Tive o nausear das dores dos alagados... Aqueles que se vão e choram sem culpa
Pela sombra que deixaram em algum porto.
Tive vontade de abraçar; porem me perdi, em meus próprios braços.
Tive vontade de beijar; porem faltou-me a quem comandá-lo.
Sou uma espécie de amor contido,
Um rio de nascentes que deságua em lugar algum.
O sol que se põem em alguma montanha de mistérios.
A fragilidade e a tristeza de uma flor.
Meus olhos nunca são do hoje,
Perdem-se na escuridão da minha esperança.
Horas em um passado inglório.
Por minutos, em um futuro sem anciãs.
É de exasperado em mim,
Aquilo que querem que eu seja, e aquilo que realmente não sou.
Sou exatamente, eu,
Um mistério, uma vida, uma incógnita.

sábado, 4 de dezembro de 2010

To You...



E que ferido,
Cada passo doía,
Todas as cores eram as mesmas,
Não havia distinção dos dias... Eram como bolhas de espuma que partiam.
Sentia-me como um tripulante de um navio deserto, sem sonhos,
Onde tudo o que eu tocava queimava e tudo que queimava era minha imagem.
Quando te vi “minha certeza”.
Senti que renascia o que em mim aprendi a desgostar.
Desejei todas as noites estreladas, sendo elas, nosso único segredo.
Quis o calor do teu abraço....
O sopro de tua voz trazendo paz ao meu espírito.
Tua boca adormecida, repousada em meu peito.
Mesmo ferido,
Seus olhos são o mistério em que quero me perder.

Divagações- As noites dentro da noite I

Podemos chamar de Deus alguém que é exaltado no sangue de uma guerra?...
Alguém que é usado como estampido para equivocações humanas,
Mesmo blasfemando seu nome, oculta-se...
Onde está esse Deus que o homem tornou tão homem?
Onde se encontra este homem que se tornou tão Deus? A ponto de ter certo controle perante a morte e brincar de misericordioso fazendo vida.
Quem julgará esse pandemônio?
Quem julgará quem julgar?
Existirá sobre estas concepções uma verdade absoluta? Ou tudo é uma grande e verdadeira mentira?
Se a alma não for mais que um simples sopro do tempo;
Que entediado quis algo diferente; aborreceu-se pela alma ter se tornado igual às demais.
E se os beijos não forem feitos para serem beijos?
Não forem o troféu que damos...
Algo bem mais elevado, onde nossa pequena mente limitada não pode atingir.
Sim, pois a ideia que temos do significado dele é vã, hipócrita e mesquinha.
Talvez seja vã minha ideia de hierarquia e eu seja mais um, calado, em meio a tantos outros.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Percepções alteradas I

Vaga; vazia no espaço e tempo.
Onde esta meu coração?
Serve; bem mais que sua vontade, o dorso curso, opressão.
Por onde caminhão os arcanjos?
Onde estão os guardadores de rebanhos? – Bêbados em frente à fornalha de nossos corpos
Por onde deve ter tombado os sons das trombetas exaustas pelo cinismo do homem.
Passo ante passo, febre pos febre,
A cólera ri alto como uma velha insana a qual negamos. (desfiando cada sonho)
Todos os sonhos morrem,
Cada remédio benzido, cada doença diagnosticada, um pouco a menos de Morfeu nos restas.
O vazio será a única certeza...
O silencio será como o troféu dos sobreviventes de uma guerra.