quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Enquanto as paredes se calam; Eu digo


Estou cheio de partidas,
Quando mais necessito é regresso.
Quando mais desejo é o calor do aconchego, colo, a segurança que não me pertence.
Estou farto de “Depois conversamos”, “Quando der nos vemos”.
O mundo é cheio de futuros encontros, futuras soluções, anestésicos passageiros de tempo, de contra indicações variadas.
Ninguém permite ter tempo para ninguém,
Sozinhos, nos perdemos em nossos próprios medos e nossas limitações tolas.
Do que adianta ser escravizado pelo tempo.
Estou cheio de partidas, encenações de adeus,
Os braços abertos para um abraço de alguém que nunca chega.
Farto de estar cheio;
Porque as pessoas se isolam na condição de bálsamos fecundos?
Li certa vez,
Algo que dizia que o homem é amor; amor puro.
Achei tolice! Pois até as mais desvairadas formas de amar,
Não se permitem ser tão destrutivas como nós.
Para mim o homem; a humanidade é um grande e desconhecido labirinto.
Onde os misteriosos ventos sopram em suas paredes turbilhões de sons;
Dos prazerosos aos temíveis.
Labirinto ao qual não se tem uma entrada, e ninguém se lembra se a saída.
De onde nos é assoprada a vida?
Duvido muito que seja do barro que glorificamos tanto.
Tudo tem um por que!
Duvide...
Questione...
Interrogue-se...
Não se deixe morrer em um porto, esperando por algo que só existe na cabeça e na mediunidade humana.
Estou cheio de partidas, quando tudo que quero são laços.
Não quero amor por caridade.
Não quero ser prisioneiros das limitações que impus a mim.
Ouse pisar no desconhecido...
Seja um desbravador de si mesmo....

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