Covas rasas aos sonhos pequenos.
Para mim, apenas uma dose de discernimento e um limão.
Uísque de medo, cóleras e surtos...
Quero nesta noite inebriada de boemia,
A cidade finada de homens...
Quero perder-me nas competições desnecessárias,
Embriagar-me por mais esta vez, na penumbra das manhas cinzentas.
Quero o afago dos fantoches e a compaixão cega do seu ser.
Quero as luzes...
Quero os aplausos...
Quero a finalidade destorcida... (Bravo! Bravo!)
Aplaudam o que em mim, chamam insanidade.
Quero a Maria, que me espera enquanto bebo...
Pura e santa: Aguarda-me para nossa lapide imaculada de desejo.
Amou-me... Oh, quanto me amou!
Porem nunca a amei...
Como todo produto; fiz-me prateleira.
Empenhado na satisfação de meus senhores.
Pelejo mocambo, na coagulação teatral que desejo,
Eu que expurgo meus sonhos?
Ou eles que traçam meus meios?
Bom senhor foi meu pastor,
E tudo me faltara.
Quero sentir o coração desta cidade morta.
Brandir o sonho esquecido da prostituta.
Onde estão os viscerais amigos,
Decompositores dos prelúdios modernos.
Onde se encontra as pessoas que ainda amam.
Perdidas na trilha que leva a Pasárgada?
Será minha loucura esta minha cegueira
Este meu mudismo... Minha bebedeira...
Serei algo qualquer, que tardou a partida?
Um produto vencido, postamente rotulado?
Dá-me mais! Desta bebida que enjoou...
Por mais que não sinta gosto algum...
Ela me faz crer em alguém que não sou.
Alguém, antes que me esqueça:
- Diz a Maria, que hoje tardo a chegar...
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