sábado, 23 de outubro de 2010

Declinios


Ainda posso sentir a lagrima quente
Que tombou perante meus hinos.
As lagrimas que encheram meu barco-
 Hoje na escuridão de algum mar da pérsia perdido.
Posso ver agora quão tão grande; eu era pequeno.
Meus desejos de par em par se ferindo,
Uma lembrança, um cheiro, uma voz – Ai! Que desguarnecido me sinto caindo!
Uma comodidade que espeta a traquéia
E incomoda o conturbado coração.
Não é necessário o relatório desta bifurcação
A qual por voltas e meias me encontro desnudado.
Sou uma membrana que pulsa ao próprio ritmo,
Um martelo desacomodado a mão humana.
Há em meu sorriso amarelo temporão algum segredo programado,
Uma epífise de um segredo esquecido pelo mundo.
Uma ambição desconhecida,
Uma saudade dos fatos que nunca tive...
Do amor nunca feito,
Um carinho enlatado,
Palavras malogradas em rarefeito.
Quero o panteão das alvoradas arcaicas.
O esvoaçar das suas certezas tão incertas
Devo apaziguar minha alma efêmera e latente
A uma lembrança apenas...
Um sorriso de alguém que nunca tive.

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