quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Solavancos



Hoje observei o céu, os pássaros que não existiam,
O colapso da vida: Um carrossel.
Não quis nada alem de passar mais este dia em branco,
Queimar as folhas de meu caderno e despedir-me mais uma vez de mim.
Apenas de balanço em balanço contentar-me.

“É que sinto o infinito fecundo,
E não posso desfrutar-lhe.”

Sinto!
Não... Apenas constato.
Sou uma fenda, sangria, grito que ecoa e nunca morre.
Uma eterna saudade...
Daquilo que não sei se foi hoje.

“Prepondero sempre à razão”


Hoje observei este tapete azul de laminas afiadas,
Sorri pelos risos que não existiam.
Vi as almas que choram...
 Minha imortalidade tem regras.


...Poços humanos... Vida infeliz..

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