Hoje e somente hoje percebi de que o homem é feito.
É feito de faltas.
De aprender a lidar com as faltas que tem.
Somos um amontoado de faltas que caracterizam nós.
Somos a falta de tudo que tivemos e ainda mais das que deixamos de ter.
Sentimos por toda uma vida a saudade da infância, tempos estes que nossas preocupações resumiam-se a: “Que horas devo brincar?...” Brincar de que?”... “Meu desenho favorito ira terminar”... “Fulano (a) me xingou de tal coisa, não falo mais com ele (a)”.
De repente tudo se esvai pelos dedos como um brinquedo que se perde em uma tarde no parque.
Responsabilidades as milhas, características impostas. “Não se deve fazer isto, ou aquilo.”
Logo se aprende, ou acostuma-se que não se pode ser feliz de sua maneira, que sempre existiram “porquês”.
Logo vem a saudade do carinho e do aconchego da casa da mãe, de como aquilo que parecia tão simples, agora tem uma grande importância e falta na sua vida.
Com o primeiro beijo, desconfiamos que amar pode ser bom.
Com o sexo, temos esta certeza.
A primeira desilusão enxergamos que os filmes românticos são apenas filmes e que provavelmente você dificilmente encontrará mesmo que deseje de todo coração, alguém que lhe ame como queira ser amado.
Aprende-se mais rápido ainda, que não se deve acreditar em todo o “Eu te amo” e que não é porque uma pessoa diz que gosta de você, que isso signifique que ela realmente lhe quer bem.
Descobrimos que o mundo não é como imaginamos e porque os sonhos se chamam sonhos.
Adiante, em uma próxima esquina te espera as desilusões amorosas, estas por si vêm acompanhadas de muitas lagrimas e uma eterna saudade.
Aprendemos que o emprego que temos, está longe do que aquele que sonhamos e que somente com muita luta, esforço e sacrifício poderá um dia talvez alcançar o que se pretende.
Tornamos com o tempo menos doloroso o convivo com a saudade e a lembrança de pessoas que se foram.
Descobre-se tarde de mais que estar com alguém, não quer dizer necessariamente que se esta feliz ou que não se esta sozinho. (Grandiosos os que se encontram felizes).
Arrepender-se em pequenos goles pelo resto da vida das besteiras que se fez ou deixou de fazer, ofensas dadas e as amarguradas na garganta e imaginar os caminhos que deixou de seguir ou de te seguirem os caminhos que te deixaram.
Descobrimos tarde de mais, que necessitamos de amor mais do que imaginamos.
Noite gelada de quarta feira, 12 de janeiro de2011.
Sozinho a meia luz de um computador velho.
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