domingo, 9 de janeiro de 2011

Cântico de lamento




Esta foi uma noite difícil,
Pois sentei e observei as estrelas.
Vi que faltava uma luz entre elas...
Seu sorriso seguindo um cometa.




Cantei enquanto chorava,
Ao meu céu estrelado... Nublado por vertigem.
Meu amor deixou em mim apenas saudades... Meu relógio dinamite.
Tudo que lembro, tem gosto de nada,
E tudo que é nada... Me trás um desgosto.
Ela partiu quando eu mais a amava,
E tudo que vejo; Preto e branco.
Este coração despedaçado é meu premio.
Costura e emenda coração,
Pois este, é o começo desta grande queda.
Amar não faz mal nem um até o momento que gera descrença...
E descrente parto, sem rumo ou rastro e meu fardo: Sentença.
Nasceu em minha alma um vazio sem forma
Para ocupar sua ausência...
Como poderei seguir passo ante passo,
Minuto a minuto,
Se todos os planos tinham a sua presença?
Porque plantar se não pretende colher...
Um fruto maduro devido à incerteza.

De relâmpago a relâmpago eu sinto minha queixa.
Os braços estendidos como um mastro
Em um navio fantasma que vaga.
E essas vozes que sempre assopram seu nome.
Eu já esqueço de mim...
E nem sei se lembro de nós.
Um grande amor só se vive uma vez nesta amarga vida,
E se perder morrera lentamente,
Desta inescrupulosa e fatal partida.
Todos os dias olhar sempre o mesmo horizonte,
Onde despontou a sua alegria.
Envelhecer em uma varanda sozinho...
Petrificar este tão contraditório coração.
Chorar sempre para dentro sorrindo.
Todo o santo dia... Um pouco dela partindo.
E que a duvida não repouse em seu coração,
Pois o sofrimento mata o amor.... Devagarzinho.
E é certo que se em um cruzamento da vida chegar esta hora.
Me perdoe...
Talvez por tanta tristeza....e tanta ausência...
Já não saberei mais gritar o seu nome.

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