terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estrelas Cadentes III

Acordei com o pingar da pia,
Fui ao banheiro,
Lavei o rosto e pensei em ti.
Onde esta você neste momento?
Contive-me.
Fatos de felicidade que não sejam ao meu lado me incomodam.
Deitado, pude sentir.
O doce aroma de seu perfume entre a coberta e meu corpo.
Pude inebriado ouvir o chacoalhar das suas chaves contra a porta.
Andar por toda a casa pela ponta dos pés.
Vestir sua camisola. Aquela que lhe dei,
 E deitar-se devagar.
Chorei quando senti suas mãos quentes de leve em meu rosto.
Dando-me um beijo carinhoso.
“-Durma com Deus, meu amor”.
Abraçou meu corpo apertando-o contra o seu,
Como se fosse para nunca me perder.
Eu pude sentir seu coração acelerado,
O suspiro concebido apenas a quem ama.

Acordei com o pingar da pia,
 O rosto coberto de lagrimas,
E uma dor inexplicável.

Passei a mão no lençol gelado...

                                                                            ...Chorei como nunca havia.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Amei o poema Estrelas Cadentes III.
    Bem elaborado, belíssima narração descritiva dos sentimentos. Parabéns! A palavra é mágica, nos transporta aos mais belos sentimentos humanos.
    Quisera que nossa juventude viajasse mais vezes na palavra. Que como criança apegada aos brinquedos, a usasse como o seu predileto. A vida seria certamente melhor.
    Abraços!

    Marcos
    www.PRISMAPOCOES.blogspot.com

    ResponderExcluir